O Curso de História da FECLESC volta a realizar suas semanas de História após cinco anos de ausência. Neste ano de 2013 realizaremos de
As inscrições ocorrerão exclusivamente pelo site
www.uece.br/eventos/xisemanadehistoriadafeclesc. Obedecendo as seguintes datas:
Inscrições para
ouvintes, mini-cursos e oficina: 15 de abril a 03 de junho de 2013.
Inscrição dos trabalhos: 15 de abril a 17 de maio.
Resultado dos trabalhos aprovados: 24 de Maio
Entrega da versão completa do trabalho: 02 de agosto
Taxas de inscrição:
R$ 10,00 Ouvinte
R$ 15,00 Apresentação de Trabalho - Graduando
R$ 30,00 Apresentação de Trabalho - Profissional
Esses valores devem ser depositados na conta corrente de Edmilson Alves Maia Jr.
Banco do Brasil Ag. 0241-0, conta corrente 37552-7. Feito o pagamento, através
de depósito ou transferência, deve-se enviar o comprovante escaneado para o
e-mail: rolimtacito@yahoo.com.br com nome completo do depositante e e a
identificação no assunto: pagamento historia. Feito isso o inscrito aguarda a
sua liberação no sistema para realizar a inscrição nos trabalhos e mini-cursos.
Todos os ouvintes terão direito a assistir a todas as
mesas-redondas, conferência, oficina e mini-cursos.
NÃO HAVERÁ INSCRIÇÕES PRESENCIAIS NO DIA 03 DE JUNHO. O
CREDENCIAMENTO SERÁ EXCLUSIVAMENTE PARA ENTREGA DE MATERIAIS.
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS:
a) Os resumos dos
trabalhos propostos devem ser postados no site do encontro até 17 de maio de
2013.
b) Os resumos
devem ter no máximo 400 palavras. O cabeçalho
do texto deve conter o nome e o e-mail do proponente;
c) Todos os
participantes deverão ter pago a taxa de
inscrição para ter seu acesso liberado ao evento através do seu login
cadastrado;
d) Receberá
certificado de comunicação somente aquele que tiver sua apresentação confirmada
durante o encontro. O envio de trabalho completo para os Anais do evento deverá
ser submetido até a data limite de 02 de agosto de 2013. Este deve ter no
mínimo 12 páginas (Bibliografia inclusa), contendo: Título; autor/coautores (caso haja); resumo e
abstract (com, respectivamente, palavras-chave e keywords); fonte Times New
Roman (12); espaçamento (1,5); citação no corpo do texto (AUTOR,ano, pág);
notas de rodapé para explicação; bibliografia no fim do texto; citação com mais
de quatro linhas, com recuo de 4
cm à esquerda, fonte tamanho 10 em itálico.
e) Cada participante pode apresentar até dois trabalhos.
MINI-CURSOS
Todos os mini-cursos
são no horário da manhã, com exceção do ministrado pelo prof. Durval
Muniz à noite que não tem limite de vagas. Os outros têm um limite de 20 vagas.
1- "ESCOLA,
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E AS AÇÕES AFIRMATIVAS EM DEBATE".
Ministrantes :
prof. Ms. Vilarin Barbosa Barros (FECLESC - UECE)
profa. Ms. Karla
Torquato dos Anjos Barros (FECLESC - UECE).
RESUMO:
Neste mini-curso, propomos discutir o impacto das políticas
de ações afirmativas na sociedade brasileira no tocante à questão das relações
étnico-raciais e a função social da escola na contemporaneidade. Mas, qual a
relevância desse debate nos dias atuais? Ao revisitar a problemática da
disciplina de História nos últimos anos, um movimento expressivo que merece ser
registrado e analisado refere-se às demandas dos grupos sociais. A partir da
década de 1970, intensificou-se a mobilização de mulheres, negros e indígenas,
entre outros grupos, contra o racismo, os preconceitos, a marginalização e as
diversas formas de dominação e exclusão. Tais movimentos foram conquistando
espaço por meio de lutas específicas no campo da cultura, da educação e da
cidadania. Nesse contexto, em 2003 foi sancionada a Lei Federal 10.639,
determinando a inclusão obrigatória, no currículo da rede de ensino, do estudo
da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Já em 2004 foram instituídas
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana. Estas conquistas tem possibilitado a implementação de políticas de
ações afirmativas, promovendo o debate, o reconhecimento e a valorização da
história, cultura e identidade da população negra na sociedade brasileira.
Portanto, pensando essa conjuntura atual é que refletiremos sobre o papel da
escola e as relações étnico-raciais no Brasil.
2- A RELIGIÃO COMO OBJETO DA HISTÓRIA
Ministrante:
Prof. Dr. Marcos José Diniz Silva (UECE/FECLESC)
RESUMO:
Busca-se refletir sobre o fato de que a atualidade
historiográfica demanda cada vez mais o aprofundamento das condições teóricas e
empíricas no trato da história religiosa. Essa exigência decorre, em primeiro
lugar, das dinâmicas religiosas do mundo atual colocando questionamentos sobre
os reais níveis de secularização do Ocidente e suas manifestações no mundo
oriental, exigindo uma nova postura sobre o lugar da religião na política e nos
espaços públicos, de tal modo que o chamado "retorno do religioso" passou
a ser questionado, indicando mais talvez uma existência que não tenha sido
percebida pelos estudiosos do que um suposto desaparecimento/ressurgimento. Em
segundo lugar, a historiografia atual ainda se ressente da necessidade de
métodos e modelos próprios para a abordagem da história religiosa. Nesse
sentido essa historiografia tem percorrido uma trajetória que parte da teologia
à história eclesiástica e desta à Ciência das Religiões para, nos fins do
século XIX, presenciar o aparecimento da História das Religiões. Acrescente-se,
nesse panorama, uma tendência à autonomização em relação à teologia, com a
incorporação dos estudos antropológicos sobre as "religiões
primitivas", "práticas mágicas", como nos respectivos clássicos
de Edward B. Tylor e James Frazer, e na
incorporação do amplo acervo da linguística, etnologia, sociologia e psicologia
da virada do século. O destaque nesse caso dá-se nos estudos sociológicos de
Émile Durkheim e Max Weber. Um segunda perspectiva adensa-se nas primeiras
décadas do século XX, a fenomenológica, com sua morfologia e irredutível
experiência do sagrado. Na década de 1960 despontou a contribuição de Clifford
Geertz, que se afasta dos pressupostos filosóficos e teológicos para
compreender a religião como um sistema cultural construído socialmente. No que
tange à chamada história religiosa hoje, nos deparamos com a questão do
enquadramento dos fenômenos religiosos nos contextos teórico-metodológicos das
chamadas história social e história cultural, herdeiras dos desdobramentos dos
Analles, pois se entende que a busca de sentido para a existência proporcionada
pelas religiões carrega consigo a formatação de comportamentos, valores e
práticas sociais diversas. Mais recentemente discute-se a relação entre a
historia religiosa e a história cultural como elementos que se articulam e
complementam guardando-se as autonomias, ou que tendem a se diluir numa
história cultural. Na primeira vertente encontram-se aqueles como Michel de
Certeau, que veem como objeto da história religiosa a busca de uma ordem ou
organização mental própria. Ainda nessa linha tenciona-se refletir sobre o
"agnosticismo" metodológico e consequências de ser o historiador
crente ou não crente no ato da pesquisa em historia religiosa.
3- O CONTATO DA
CULTURA MATERIAL ARQUEOLÓGICA: VESTÍGIOS HISTÓRICOS EM SÍTIOS PRÉ-HISTÓRICOS
Ministrante:
Profª Drª Marcélia Marques
(FECLESC/UECE)
RESUMO
A coexistência de vestígios arqueológicos pré-históricos e
históricos é bastante constatada nos mais diversos contextos paisagísticos. No
Nordeste do Brasil, especialmente em zonas rurais, sítios arqueológicos de arte
rupestre foram revisitados ou reutilizados por habitantes de sociedades
contemporâneas, que também deixaram registros de cultura material nestes
espaços outrora ocupados por populações pré-históricas. Em alguns dos sítios, a
cruz, um emblema cristão, está presente e, de certa forma, afirma a
sacralização e reconquista destes espaços no presente. Em outros, há registro
de relatos envolvendo massacre indígena a partir de ossos aflorados na
superfície num abrigo com arte rupestre. Diante destes contextos
exemplificados, em que os documentos materiais (pré-histórico e histórico)
evidenciam o contato entre diferentes populações, os recursos teóricos e
técnico-metodológicos da Arqueologia Pré-histórica, da Historiografia, da
Etnografia e da Etnohistória podem contribuir para o esclarecimento desta
diversidade marcada espácio-temporalmente.
A preservação destes acervos ocorrerá na medida em que o respeito à
permanência destes documentos materiais e destas práticas culturais, envolvendo
diferentes temporalidades (passado e presente), possam ser assegurados tendo em
vista a afirmação da diversidade cultural e do percurso histórico.
4- HISTÓRIA,
CINEMA E REPRESENTAÇÃO: PARA PENSAR A PRODUÇÃO DOCUMENTARISTA CONTEMPORÂNEA.
Ministrante:
Prof. Ms. Rodrigo
Capistrano (FECLESC/UECE)
RESUMO
Nas últimas décadas o cinema tem contribuído bastante para o
trabalho do historiador na investigação do processo de construção das
mentalidades, capacitando o universo das fontes históricas e ampliando as
possibilidades de compreensão do mundo. Este curso se deterá na investigação de
parte da produção documentarista recente. Muitos filmes têm oferecido um
conjunto de reflexões sobre o mundo que apresentam uma combinação de elementos
que ultrapassam a mera condição de registro de uma realidade dada. As imagens
se potencializam a partir do momento que conseguem afetar e serem afetadas pelo
real, implodindo as fronteiras que antes delimitavam a separação de uma
"fabulação ficcional" e a "realidade documental". Os
documentários que apresentaremos no curso não imprimem as marcas do jogo
binário de entendimento das relações sociais. Melhor dizendo, não determina nem
impõe certezas sobre o mundo. A produção de vidas é construída a partir do
lento caminhar dos processos, suscitando acontecimentos de maior ou menor impacto,
seja entre os personagens que se apresentam ou entre os próprios realizadores,
que também se arriscam frente às relações. Existe uma tendência para as
abordagens particularizadas. É aqui que estabeleceremos diálogo com a
micro-história. Identificar na própria
linguagem fílmica as possibilidades de investigação histórica é o que
intentamos. Por isso, metodologicamente, nosso curso pretende se alicerçar na
linguagem audiovisual e nos efeitos das representações imagéticas para auxiliar
no ofício do historiador. Localizamos uma produção de documentários de nosso
interesse tanto entre autores mais experientes e consagrados, como entre
diretores de uma produção recente. Trechos de vários filmes deverão ilustrar as
nossas aulas.
5-
"CANÇÕES DA DITADURA ENTRE A HISTÓRIA E A MEMÓRIA."
Ministrante:
Prof. Ms. Edmilson Alves Maia Júnior/ (UECE/FECLESC)
RESUMO
O mini-curso será
espaço de investigação e de interpretação histórica de canções, artistas e
"movimentos culturais" (tropicalismo, MPB, música de protesto, jovem
guarda, música negra, música brega, rock nacional dos anos 80) do contexto de
1964-1985. O foco será a desconstrução de silêncios, rótulos e a reflexão sobre
as complexas obras e percursos musicais e suas interações no período da
ditadura. Buscamos problematizar as trajetórias dos artistas e suas músicas
recuperando, assim, a historicidade das relações que viveram (com a Indústria
Cultural, a resistência a ditadura, por exemplo), e suas contradições e
repercussões. Para tanto, no mini-curso variadas formas de expressão serão
discutidas: letra e música das canções, vídeos, fontes (entrevistas, jornais,
programas de TV, vinis, cds etc) que ajudem a pensar a inserção dos artistas
nesse processo histórico. Nossa proposta é balizada em boa medida pela
definição teórico-metodológica do historiador Marcos Napolitano de que o
pesquisador da música brasileira não deve se guiar por "questões de gosto
pessoal" nem "reproduzir hierarquias consagradas" e sim fazer a
análise concreta de como diferentes cantores, compositores e músicos atuaram
na sociedade e quais conflitos, projetos
e desdobramentos podem ser vislumbrados. Pensamos os movimentos culturais a
partir das diferentes experiências e memórias acerca da ditadura. Estamos em
sintonia com autores, além do próprio Napolitano, que defenderam em suas
análises
sobre a cultura e sociedade da ditadura a busca pela
complexidade das relações e contradições do período com o entendimento dos
mitos criados e suas intencionalidades. Autores como João Pinto Furtado,
Gustavo Alonso, Paulo César de Araújo e Denise Rollemberg. Daí estudarmos
diferentes canções do período da ditadura.
6- OS SENTIDOS DA MATERNIDADE
Ministrante:
Profa. Dra. Noélia Alves de Sousa (UECE/FECLESC)
RESUMO
2. A Higienização
da maternidade no século XIX
3. A análise dos
sentidos da maternidade em processos criminais.
4. Infanticídio:
um crime próprio das mães.
7- "A HISTÓRIA DO CEARÁ NOS LIVROS DIDÁTICOS E O
COTIDIANO ESCOLAR"
Ministrantes:
RESUMO
8- "GUERRA
FRIA" E ESTADOS UNIDOS: ESTRATÉGIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS (1945-1991)
Ministrantes:
RESUMO
9- JORNAL DE ROMA: PRÁTICAS SÓCIO-DISCURSIVAS E RELAÇÕES DE
PODER.
Profa.Ms. Cláudia Régia (FECLESC/UECE)
RESUMO
OFICINA "SOBRE O LIVRO DIDÁTICO"
Ministrantes:
Prof. Dr. Sander Cruz Castelo (UECE/FECLESC)
Prof.Ms. Manoel Alves de Sousa
Prof. Ms. Airton de Farias
OBJETIVOS: A oficina oferecerá aos alunos da FECLESC,
profissionais e estudiosos do ensino de História a possibilidade de trocar
experiências com os autores de livros didáticos que tratam da História do Ceará
e da História de Quixadá. É um momento de compartilhamento entre autores,
professores e alunos sobre as vivências, sucessos e fracassos no ato de ensinar
a História local. Estarão presentes os professores Sander Cruz Castelo
(FECLESC-UECE), Manoel Alves de Sousa e Airton de Farias.
Maiores informações em: http://www.uece.br/eventos/xisemanadehistoriadafeclesc/